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Toda Porta tem Uma Fechadura

  • Foto do escritor: Eduardo Worschech
    Eduardo Worschech
  • há 4 horas
  • 2 min de leitura
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Bastante próximo da linha convencionada a demarcar os recomeços, donde a dualidade do tempo encontra o momento derradeiro para um café tomar e papear sobre o rarefeito toque, que agora se desfaz.


Pareceria ser uma despudorada desfaçatez dizer que toda porta tem uma fechadura, incongruente com o senso comum e sua farsesca sabedoria experimental, que mede alqueires com palmos de jumento, e que com o que prolifera de seus lábios, borra imagens e faz com que a repetição torne-se seu algoz.


De foice nas mãos, valseia procurando arestas a podar, descuidado de que talvez aquilo que se tira, de essência predomina.


E, ao se afastar com o intuito de algo ver, percebe que não há mais nada ali que pudesse conter, pois o amor a distância não une corações, pois de átrios, necessariamente são dois.


Por sob esta esfera de aceitação, os núcleos constituintes determinam sobremaneira as acepções e desvios, natureza evasiva de longa data, próxima intervenção; a mesa do jantar, expõe suas contradições, ora o amor é enlace, ora é derrisão.


E é neste carregar de pesos que ultrapassam, que o corpo manifesta; seja encefalopático ou no evitativo respaldar, que o vexame comunicativo translitera aquilo que seu corpo fala; andares intrusivos, olhares furtivos.


E não sem constrangimento ou vergonha, adiciona impropérios que devastam as confianças pueris, e marca mais uma vez o destino de não estarem juntos, por mais uma vida terrena.


E uma necessidade de estar para todo sempre no liminar na tristeza, faz com quem seu flerte seja com o sofrimento; desamigo que cumprimenta, como se fosse para todo familiar.


E é no familiar que sustenta sua perniciosa arrogância, aquela ignorância que caçoa de si mesma, mas que aparenta arrotar alegrias mil e uma pitada de certeza.


E estas cadências ganham corpo com uma grande ajuda do incorpóreo, daquele sopro no mouco ouvido, do dividido que assume a primeira posição, (esquizo ou narcísico); e que há ainda espaço para esta disputa de personalidade, e que tranca a porta, esquecendo que ali já não existia envasadura.


Por dispersão, abandona o despertar daquele mínimo de evolução, que por transliteração astral, parecia chegar por entre um escombro e outro daqueles traumas.


Como as evidências não cabem neste bolso cansado de tantos pesos e desalentos familiares, resta a incauta e inculta alma perseverar na desastrosa versão, de que as fechaduras são apenas enfeites, e que não há nada que se possa fazer diante do frio que atravessa pela fresta desta porta.


 
 
 

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